Dizem que a fabricação de perfume teve suas raízes no Oriente (Egito,
Arábias) e no leste europeu (a Hungria foi o primeiro país europeu a produzir
algo parecido com o nosso conceito moderno de perfume), mas foi na França há
cerca de 300 anos, durante o reinado de Catarina de Médici, que ele ganhou fama.
As essências florais, produzidas graças ao mix de óleos essenciais e álcool,
inicialmente eram utilizadas para perfumar luvas femininas, mas logo migraram
para o uso no corpo. Nascia assim, o perfume como conhecemos hoje.
Da Renascença para o século seguinte, o uso do perfume foi se tornando mais
habitual (embora naquela época fosse acessível somente aos nobres e ricos),
ganhando proeminência na corte de Luis XV onde, para disfarçar a falta de banho
diário, o perfume era empregado por toda parte, até mesmo nos móveis.
Ao final do século XVIII, perfumarias como Houbigant, Lubin, Roger &
Gallet e Guerlain já tinham lojas em Paris. Enquanto isso, a indústria de
perfumaria propriamente dita se estabelecia na ensolarada região de Grasse, não
longe de Cannes, devido ao clima ameno e bastante propício ao cultivo de flores
como rosas, jasmins, lavanda, iris e mimosa. Os óleos essenciais extraídos a
partir da maceração dessas flores eram combinados com fixadores (como o âmbar) e
solução de álcool para produzir fragrâncias únicas e distintas.
Desde o século XIV, com o cultivo de flores e o aprimoramento da arte da
perfumaria, a França firmou sua fama no ramo da perfumaria. Até hoje o país é o
centro de pesquisas e produção de perfumes na Europa. Em Versalhes está uma das
mais tradicionais escolas de perfumistas, onde – quem tem um nariz talentoso,
claro – pode aprender a reconhecer aproximadamente três mil matérias-primas e as
500 fragrâncias mais conhecidas e consagradas do mercado. É com elas e com muita
imaginação que são criadas essências que lembram momentos, despertam sentimentos
e acentuam a personalidade.
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